Ao cruzarem o portão do Colégio Mauá na tarde dessa segunda-feira, 29, as jovens ginastas Milena Bartz e Melissa Forgiarini já estavam cientes do quão grandioso foi o feito conquistado no último fim de semana. Afinal, voltaram de Lauro de Freitas, na Bahia, como vice-campeãs brasileiras de Ginástica Rítmica. O que elas não esperavam era a festa de recepção que acabaram por encontrar no pátio do educandário. Além de familiares, diversas crianças e adolescentes, com balões e cartazes, e a direção, as recepcionaram com sorriso nos rostos e olhares de inspiração.
Emocionadas, Milena e Melissa devolveram os sorrisos e os olhos marejados de quem conseguiu um feito conquistado pela última vez há 15 anos, quando Bruna Martins, hoje técnica da equipe ao lado de Rafael Luz, sagrou-se campeã brasileira. Agora, em 2024, entre as 86 melhores ginastas do Brasil, as alunas do Colégio Mauá ficaram entre as cinco melhores do país no individual geral e com a medalha de prata em duas modalidades. Milena sagrou-se vice-campeã brasileira no aparelho maças e Melissa, que superou uma lesão meses antes do campeonato, ficou na mesma posição no aparelho arco.
Feitos conquistados no principal campeonato da modalidade no Brasil e que contou com a participação de atletas que representaram o país no Jogos Olímpicos de Paris. “Estavam lá os maiores nomes do esporte em nível nacional. Depois de todas as conquistas que elas tiveram no Torneio Nacional elas agora puderam fazer história trazendo essas medalhas para Santa Cruz do Sul. E merecem demais pois se dedicaram muito, treinaram incansavelmente, superaram lesões, nervosismo e adversárias qualificadíssimas. Superam a régua na parte técnica, física e psicológica. Essas meninas são nosso orgulho”, frisou Rafael.
Melissa, que enfrentou um ano de recuperação após uma lesão, destacou a intensidade da competição e o significado da medalha. “Foram dias muito intensos, de muito nervosismo e ao mesmo tempo de que um sonho estava se tornando realidade. Foi uma das experiências mais incríveis e difíceis das nossas vidas. Voltar foi muito importante e trazer essa medalha significa coisas assim que eu não consigo expressar em palavras”, relatou a ginasta, visivelmente emocionada.
Milena, por sua vez, ressaltou o longo caminho de dedicação e esforço para alcançar esse resultado. “Até agora ainda não caiu a ficha direito. Eu treinei por muito tempo, e não é um treino desse ano ou do ano passado, é de muitos anos, muito trabalho e muito esforço. Sabia que era possível, mas chegar lá, vendo o alto nível, estar entre as melhores ginastas do país e conseguir trazer uma medalha para o Mauá, para essa instituição que sempre nos apoiou, é muito importante. Estou muito feliz com essa conquista”, celebrou a jovem ginasta.
DNA na ginástica – Não é de hoje que o Colégio Mauá arremata feitos na Ginástica Rítmica. De Natália Eidt, que chegou a uma Olimpíada, passando por Paola Bagatini, Paula Javorski, Bruna Martins, e chegando em Milena Bartz e Melissa Forgiarini, o educandário é um verdadeiro celeiro de grandes talentos no esporte, o que serve de inspiração para outras tantas jovens sonhadoras. “A ginástica é uma tradição no Mauá, e os resultados vêm da seriedade com que trabalhamos. São horas de treinamento, sem esquecer o estudo. A dedicação das atletas, o esforço em equilibrar estudo e treino, e o comprometimento dos professores, como o Rafael e a Bruna, mostram que essa conquista não é apenas delas, mas de toda a nossa comunidade. Representar Santa Cruz do Sul em nível nacional é um orgulho enorme e faz com que elas sirvam de inspiração para outras tantas meninas”, destacou o diretor geral, Nestor Raschen.
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