Porto Alegre (RS) – A final de um dos concursos de maior representatividade da população LGBTQIAPN+ do país já tem data para acontecer. O Miss Universe Trans Brasil 2024 terá seu confinamento de 27 a 30 de setembro no Novotel Porto Alegre Três Figueiras. As participantes vivenciarão uma programação intensa, repleta de atividades preparatórias, entrevistas e encontros com o júri, até o grande momento da cerimônia final. A coroação da Miss Universe Trans Brasil 2024 acontecerá no dia 30 de setembro, no Teatro Unisinos, em Porto Alegre. Serão selecionadas três candidatas nas categorias Miss, Ms Ladies e Curvy. As ganhadoras irão representar o Brasil no concurso mundial, que será realizado de 9 a 14 de novembro, na Índia. Os ingressos para acompanhar de perto o evento já estão sendo comercializados exclusivamente pelo site Sympla, a partir de R$ 25,00. A cerimônia do Miss Universe Trans Brasil pode ser acompanhada através do canal oficial do concurso no Youtube.
O Miss Universe Trans Brasil é um concurso de beleza, mas busca, sobretudo, dar visibilidade para a inclusão e o talento das mulheres transgêneros e transexuais do Brasil, além de se estabelecer como uma plataforma de empoderamento que dá voz para a comunidade LGBTQIAPN+. Sendo a transformação social uma das premissas do concurso, as candidatas participam de programas dedicados ao desenvolvimento cultural, artístico e social.
Entre os destaques da programação estão as palestras que abordarão temas cruciais para a comunidade LGBTQIAPN+ como “As vulnerabilidades que impactam a população de travestis e transexuais: assistencialismo, direitos e acesso à saúde”, conduzida por Dr. Diego Candido; “O papel da Polícia Civil no Enfrentamento à LGBTFOBIA”, ministrada pela delegada Tatiana Bastos; “Miss, política e cidadania”, apresentado pela Miss Trans Global 2022, Natasha Cardoso; bate-papo sobre Moda e Direito com Dr. Saulo Maccalós; e a palestra “Direitos Humanos e cidadania”, conduzida pela assessora da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos do governo do Estado do Rio Grande do Sul, Aiesa Carolina.
Organização e apoiadores: A coordenação do evento é realizada por Fabiano Biazon e Mateus Ahlert. Biazon é empresário artístico, gestor de recursos humanos e carreira, e é o diretor nacional do concurso. Mateus é gestor de talentos e eventos, diretor artístico do concurso e comanda toda a produção executiva do Miss Universe Trans Brasil 2024. O concurso conta com o apoio da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Novotel, Clínica Plástica Ltda – Dr Valdecir Blass, Cisne Branco, Four Comunicação & Assessoria, Revista Eléve e Fio o Fó Ateliê de Moda.
Categorias: Com o objetivo de representar a diversidade da comunidade trans, sem discriminação por idade ou estereótipos físicos, neste ano uma das inovações do Miss Universe Trans Brasil foi a criação de novas categorias. A categoria MS Ladies é destinada a mulheres trans com mais de 40 anos, e a categoria Curvy, para mulheres plus size. Na categoria Miss, participam da disputa mulheres travestis e transexuais. Além das candidatas ao concurso, o Miss Universe Trans abre espaço para artistas LGBTQIAPN+ que desejam participar de atividades como oficinas artísticas, exposições e eventos culturais.
Avaliação: Os jurados que terão a difícil missão de eleger as novas representantes brasileiras são: a jornalista e apresentadora Isabel Ferrari; a médica e Miss Brasil 2006, Rafaela Zanella; o jornalista, estilista e missólogo, Lucca Rossi; a Miss Brasil 1986, primeira miss negra, e instrutora de modelos, Deise Nunes; empresário do ramo o turismo e com ampla experiência em concursos de beleza, Marcelo Zingalli; e o estilista reconhecido internacionalmente, com ampla experiência na figuração de novelas, Ruby Saratt; o estilista e alfaiate especializado em alfaiataria feminina e vestidos de gala, Pedro Stefanello; a empresária, produtora e comunicadora, Tati Sulepa; o jornalista, empresário e atual coordenador Estadual do Miss Universe Rio Grande do Sul, Paulo Linhares; a jornalista com mais de 20 anos de experiência em jornal, rádio e televisão, Rita de Cássia; o advogado, atuante à frente do combate à homolesbotrasfobia, Saullo Maccalós; o professor coordenador do curso de Comunicação Digital da Unisinos, Cristiano Gonzatti; a professora representante do Unidiversidade Unisinos, Janaina Becker; auxiliados pelo Presidente do Júri, Dr. Diego Candido, advogado e vice-presidente da Comissão Estadual de Diversidade Sexual e Gênero da OAB/RS, além de Juiz Leigo no TJRS.
Candidatas: Concorrem na categoria Miss, as candidatas Stephany Vilaça, do Amazonas; Cléo Zanluchi, do Mato Grosso; Saphira Behrens, de Minas Gerais; Nicolly Pantoja, do Pará; Maya Fernandes, do Paraná; Ashley Matteoni, do Rio de Janeiro; Maria Fernanda Vieira, do Rio Grande do Sul; Beatrice Bento, de Santa Catarina; Nicole Alonso, de São Paulo; e Ana Júlia Ramos, da Paraíba.
Na categoria Curvy, concorrem ao título Fernanda Antonelly, do Mato Grosso do Sul; Kamilly Bitencourt, representando o Rio Grande do Sul; e Kristal Volpato, do Paraná. Já na categoria MS Ladies, Marcia Di Paula, do Rio Grande do Sul.
Premiação: As vencedoras de cada categoria receberão um prêmio equivalente ao valor de R$ 10 mil, destinado à compra de passagens de ida e volta e hospedagens para o concurso mundial e o pagamento da taxa de inscrição da disputa. Além disso, as eleitas receberão suporte profissional para desenvolver a carreira artística e ampliar sua visibilidade na mídia e na indústria do entretenimento.
A grande final em Porto Alegre vai além da realização do concurso de beleza, é uma celebração da diversidade e da inclusão. O evento será enriquecido por manifestações artísticas e culturais, ressaltando a riqueza e a pluralidade da comunidade LGBTQIAPN+. Isso porque a base do evento está alicerçada no compromisso com a transformação social, desafiando estereótipos e construindo um futuro inclusivo e representativo.
O diretor geral do concurso, Fabiano Biazon, contextualiza sobre a importância do evento e avalia o impacto positivo da conquista do título mundial com a representante gaúcha, Luanna Isabelly, em 2023. “O evento reflete a força e a resiliência da comunidade trans brasileira. Demonstrando que, apesar das adversidades históricas e sociais, é possível promover mudanças profundas e significativas na percepção da sociedade, naturalizando a presença trans em espaços de destaque e influência. As conquistas obtidas em menos de um ano de trabalho são evidências claras do poder transformador deste projeto, que não apenas formam lideranças, mas também quebra barreiras e preconceitos enraizados, proporcionando às misses um lugar de fala autêntico e necessário”, finalizou Biazon.
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