Na tarde desta quarta-feira, 12, o Museu do Colégio Mauá, localizado na Rua Marechal Floriano, 274, inaugurou uma nova exposição que retrata a evolução das máquinas de costura e seus utensílios. A mostra Entre linhas, lançadeiras e pontos…, que abre ao público a partir desta quinta-feira, 13, ficando disponível até o fim de 2025, apresenta uma rica coleção de máquinas que ajudaram a transformar o setor ao longo dos séculos.
A exposição traz ao público uma seleção de máquinas de costura que marcaram diferentes períodos históricos, como a Original Victória, Singer, Pfaff, Adler, Crosley, Olímpia e Oliva, que vão desde os modelos manuais e movidos a pedal até as versões elétricas. Além das máquinas de costura, quem visitar a mostra poderá conferir também máquinas de tricô, ferros de passar à brasa, ferros elétricos e tesouras de variados modelos, todos utilizados nas antigas salas de costura.
De acordo com o diretor do Colégio Mauá, Nestor Raschen, a mostra convida os visitantes a uma verdadeira viagem no tempo, resgatando a importância das invenções que transformaram não apenas a produção de roupas, mas também toda a indústria têxtil, do vestuário até o calçado e estofados. “Ao longo dos séculos, a costura se manteve de forma artesanal, mas também se adaptou às novas tecnologias, especialmente com a chegada das máquinas de costura no período da Revolução Industrial. E justamente essa evolução que vamos apresentar este ano aos visitantes do Museu”, destacou ele.
“Temos vários materiais que revelam essas etapas de mudança das máquinas de costura, inclusive máquinas de costura infantis, bem pequenininhas que as meninas ganhavam nos anos de 1920 e 1930”, detalhou a diretora do Museu, Maria Luiza Rauber Schuster. Uma curiosidade interessante que poderá ser conferida pelo público é a origem do passador de linha, patenteado por um morador local, o senhor Baccar. “Ele era proprietário de uma sorveteria em Santa Cruz do Sul e, em algum momento, inventou um dispositivo para facilitar o processo de passar a linha na agulha. Após patentear sua invenção, vendeu para uma empresa, e o passador de linha, até hoje, é comercializado”, explicou Maria Luiza.
O Museu do Colégio Mauá está aberto ao público de terça a sexta-feira, das 14 às 17 horas, com ingresso a R$ 10,00 (inteiro), para o público geral, e R$ 5,00 (meio), para aposentados e estudantes. Grupos interessados em visitar a exposição devem agendar previamente pelo telefone (51) 3715-0496.
Na história: A arte de costurar existe há mais de 20 mil anos, inicialmente feita com materiais naturais como couro e peles de animais, utilizando agulhas de ossos, chifres e marfim. Com o tempo, as agulhas de metal foram inventadas (século 14) e até a Revolução Industrial, a costura era predominantemente artesanal. A invenção das máquinas de costura, patenteada no século 18, revolucionou a produção têxtil, tornando o processo mais rápido e eficiente, especialmente após o surgimento da Revolução Industrial, que introduziu melhorias nas máquinas.
As primeiras máquinas de costura chegaram ao Brasil com imigrantes ou foram importadas, principalmente da Alemanha e Estados Unidos. Apesar da evolução tecnológica, as máquinas de costura continuam sendo amplamente utilizadas em lares e ateliês ao redor do mundo. Com o tempo, também impactaram indústrias de calçados e estofados, permitindo uma produção mais ágil e de maior qualidade, especialmente em materiais mais grossos e resistentes.
Fechado para Comentários.