No último sábado, 5 de julho, foi comemorado o Dia Internacional do Cooperativismo, uma data que reforça a importância do modelo cooperativo para o desenvolvimento econômico e social em todo o mundo. No Brasil, o Sicredi, primeira instituição financeira cooperativa do país, com mais de 122 anos de história, destaca os resultados de um recente estudo conduzido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), que revela o impacto positivo das cooperativas de crédito em diferentes setores da economia e da sociedade.
Segundo o levantamento, para cada R$ 1,00 concedido em crédito cooperativo, são movimentados R$ 2,56 na economia brasileira, com um acréscimo de R$ 1,17 em valor adicionado, R$ 0,11 em impostos arrecadados e R$ 0,50 em salários pagos. A presença de cooperativas de crédito está associada ao aumento de 25,3 empregos formais a cada mil habitantes, crescimento de R$ 3.852 no PIB per capita e geração de 3,2 novos estabelecimentos por mil habitantes, um grande estímulo ao empreendedorismo.
Além dos impactos econômicos, os efeitos também se refletem na área social. A pesquisa mostra redução da pobreza (menos 20,5 famílias no Cadastro Único por mil habitantes), aumento das matrículas no Ensino Superior e maior produtividade no setor agropecuário. Esses dados evidenciam como o cooperativismo vai além do apoio financeiro, ele impulsiona o desenvolvimento sustentável.
Um exemplo prático desse impacto pode ser visto em Pantano Grande (RS), na história de Fernando Costa e Roberta Souza, casal à frente da Fernando Materiais para Construção. Com mais de 13 anos de atuação na construção civil, a empresa já havia entregue mais de 60 casas na região quando, em 2021, decidiu expandir sua atuação com a abertura de uma loja física de materiais de construção. Nascia então a nova fase do negócio, com foco em oferecer produtos de qualidade, entrega ágil e atendimento completo.
Apesar do bom volume de vendas, o retorno financeiro era, na maioria das vezes, a longo prazo, enquanto as despesas exigiam respostas imediatas. “Precisávamos ter um bom estoque, variedades de produtos, maquinário e organização. Os desafios começaram a surgir, como o fluxo de caixa, planejamento de recursos, decisões sobre compras e investimentos”, relembra Fernando
Foi por meio da gerente de conta Josiane Bonmann que o casal conheceu o programa de consultorias da Sicredi Gerações RS/MG. A partir desse contato, iniciou-se uma verdadeira transformação no modo de gerir o negócio. “As orientações e visitas mudaram nossa forma de trabalhar. Implantamos controles no crediário, passamos a usar planilhas de gastos e receitas, separamos as finanças da empresa e da vida pessoal. A organização e o planejamento viraram hábito”, conta o empresário.
A virada de chave aconteceu quando a empresa passou a analisar os valores a receber e implementar ações para reduzir as vendas a prazo. “Percebemos que tínhamos valores expressivos parados, que poderiam estar sendo investidos. Hoje temos outra visão, nós analisamos com cautela cada decisão, avaliando o cenário atual e projetando o futuro”, frisou. Além das melhorias na gestão, Fernando destaca o papel fundamental da cooperativa no desenvolvimento do negócio. “O Sicredi sempre esteve ao nosso lado, oferecendo suporte, taxas acessíveis e limites de crédito adequados. Esse apoio foi essencial para o crescimento da empresa.”
Ao olhar para trás, Fernando reconhece o aprendizado e faz questão de compartilhar um conselho com outros empreendedores. “Se pudéssemos aconselhar, diríamos para persistirem, acreditarem e buscarem apoio com quem acredita nas pessoas. O Sicredi foi esse apoio para nós. Todo trabalho feito com dedicação traz resultados. Hoje trabalhamos com mais confiança, buscando inovação e melhorias para crescer ainda mais.”
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